As Aldeias

 Aldeias de Castanheira de Pêra - Coentral

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No tempo de D. José
(quando mandava Pombal)
Entre canseiras e fé
Se vivia no Coentral.

Percorrendo serranias
Toda a gente com pé leve!
Suportava as invernias
Para ir apanhar neve.
    P'las ravinas e outeiros
Iam todos contratados
P'ró serviço de neveiros
Para o rei comer gelados.

Neve na mesa do rei
Doce frio especial,
Não fui eu que a apanhei
Mas foi gente do Coentral.
 
Excerto de Herlander Alves Machado


A Aldeia do Coentral Grande situa-se na vertente Sul da Serra da Lousã e é umas das povoações mais antigas do Concelho de Castanheira de Pêra. Foi até 2013 sede de freguesia, tendo sido neste ano anexada à freguesia de Castanheira de Pêra.
"Apesar de desertificada, ainda são visíveis restos da atividade industrial, que durante o século passado, era desenvolvida por pequenas indústrias de fabrico de malhas e meias, que empregavam dezenas de trabalhadores, oriundos não só da freguesia como do concelho. Hoje restam o aspeto pitoresco das aldeias e as belezas naturais (percursos pedestres, levadas e quedas de águas), que são um permanente convite a uma visita à freguesia, à Serra da Lousã, ao Trevim e ao Santo António da Neve."
A história e as gentes do Coentral, têm ainda uma outra particularidade interessante: o ofício de Neveiro, tão bem retratado no poema acima transcrito. Mais info http://www.neveirosdocoentral.pt

Aldeias da Lousã - Talasnal, Casal Novo, Chiqueiro, Cerdeira e Candal

Lousa2Talasnal, Casal Novo e Chiqueiro são aldeias cravadas na serra da Lousã, ligadas entre si pela história e cultura comuns, mas sobretudo pelo viver genuíno das gentes. Ao reabilitarem-se casas e condições de vida, recuperam-se os sorrisos que nestas três aldeias voltam a chamar quem aprecie o casario encostado a ruas estreitas e as fontes que cantam os segredos da Serra.

Um pouco mais afastada, e beneficiada pela acessibilidade privilegiada a aldeia do Candal é muitas vezes considerada a mais desenvolvida das aldeias serranas e uma das mais visitadas. Aos seus habitantes de sempre é comum juntarem-se ocupantes de férias e fins-de-semana que aqui acorrem em busca de ar puro e boa companhia.

Não muito longe do Candal e ligadas por um interessante trilho surge a aldeia da Cerdeira, edificada num morro rochoso que acompanha a Ribeira da Cerdeira, e guardando os terrenos mais planos para a agricultura. "Esta é uma aldeia que a arte e a criatividade ajudaram a refundar. Aliás, em certos momentos do ano, esta aldeia é animada por encontros temáticos que juntam arte e botânica."

Descobrir estas Aldeias do Xisto representa mergulhar no mundo mágico da Serra da Lousã, embrenhar-se numa vegetação luxuriante por onde espreitam veados, corços, javalis e muitas outras espécies, algumas raras e protegidas. Aqui reina a Natureza, sensível, que pede respeito. Mas que permite inúmeras possibilidades de lazer e de desportos activos. Aqui sente-se o pulsar da terra e a sua comunhão com os homens quando se avistam ao longe as aldeias. Parecem ter nascido do solo xistoso, naturalmente, como as árvores. Hoje, as suas raízes somos todos nós.

fonte: Rede das Aldeias do Xisto

Aldeias de Góis - Comareira, Aigra Nova, Aigra Velha e Pena

Góis PenaInserido na rede de Aldeias do Xisto, este agrupamento de quatro aldeias do Concelho de Góis – Comareira, Aigra Nova, Aigra Velha e Pena – estão integradas numa estrada panorâmica que as ligará ao ponto mais alto da Serra da Lousã, o Trevim.

É com os olhos postos no alto que se agradece a existência destas aldeias-memória e a sua recente e progressiva transformação em aldeias-futuro, a chamar para cada uma delas uma nova alma que as belíssimas pedras de xisto, por si só, não podem conter.
É obrigatório parar aqui, deixar-se acolher no Centro de Convívio. A simpatia é tão contagiante como é serena a paisagem. A sul, o Trevim ergue-se, imponente, a 1204 metros de altitude. É bom saber que, no fundo destes vales, veados e javalis continuam a subsistir imperturbados, como que protegidos do mundo.

fonte: Rede das Aldeias do Xisto




Aldeias de Miranda do Corvo - Gondramaz

gondramazPerto do cimo da montanha, na encosta oeste da Serra da Lousã, ergue-se do solo a aldeia do Gondramaz que se deixa vislumbrar por entre a vegetação, parecendo pairar entre as nuvens. Um aglomerado de casas de pedra sobressai no verde da paisagem.

Gondramaz distingue-se pela tonaliddae específica do xisto que nos envolve da cabeça aos pés. Até o chão que se pisa é exemplo da melhor arte de trabalhar artesanelmente a pedra. Esta é, aliás, terra de artesãos cujas mãos hábeis criam figuras carismáticas que são marca da serra e que levam consigo o nome do mestre e da aldeia além-fronteiras.

No âmbito do projecto da Rede das Aldeias do Xisto, esta aldeia sofreu nos últimos anos profundas obras de requalificação que fizeram dela um dos melhores exemplos da Rede: o aglomerado construido ganhou coesão, as casas rejuvenesceram e a aldeia abre-se em locais estratégicos para a beleza da serra que a envolve. Apesar da vitalidade de outrora ter desaparecido, a aldeia surge agora como um espaço de excelência, ilustrativoda cultura local da ligação à serra.

fonte: Rede das Aldeias do Xisto


Aldeias de Penela - Ferraria de S. João

FerrariaAlcandorada numa crista quartzítica no extremo sul da serra da Lousã, a aldeia do Xisto da Ferraria de S. João, tem como ex-líbris os antigos abrigos dos animais. Perto de Casal de S. Simão, esta aldeia tira hoje partido da presença de novos vizinhos para recuperar antigas tradições, festas populares e religiosas, em que todos se envolvem reunindo esforços e participando.

Aqui descobre-se como o xisto e o quartzo se casam numa união tão perfeita que só poderia acontecer em Ferraria de São João. Esta Aldeia do Xisto está próxima de outra, o Casal de S. Simão, à qual se pode ir através de um caminho pedestre de enorme encanto, hoje bastante utilizado por habitantes antigos e mais recentes.

fonte: Rede das Aldeias do Xisto